A Alta
Representante da Política Externa da União Europeia, Kaja Kallas, disse na
segunda-feira após uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros que a
situação na República Democrática do Congo foi discutida em Bruxelas e que
estão a ser preparadas sanções contra o Ruanda.
"A situação é muito grave e nós estamos à beira de um conflito regional. A integridade territorial não é negociável nem na República Democrática do Congo nem na Ucrânia. A Carta das Nações Unidas aplica-se da mesma forma em todo o lado. Nós apoiamos claramente os processos de paz de Luanda e Nairobi de forma a atingir resultados através dos meios diplomáticos. Mas nós estamos também a tomar outras medidas. Desde logo, as consultas entre a União Europeia e o Ruanda em termos de defesa foram suspensas. Há igualmente uma decisão política de fazer avançar as sanções em função da situação no território. Nós pedimos ao Ruanda para retirar as suas tropas e o protocolo sobre o tratamento de matérias-primas será revisto”, indicou a líder europeia.
Apesar que ainda não há uma formalização destas sanções, a líder da diplomacia europeia indicou que as possíveis punições vão focar-se no Memorando de entendimento assinado entre a União Europeia e o Ruanda há cerca de um ano, que dá conta sobre a cooperação entre os europeus Kigali na diversificação económica, desenvolvimento sustentável da exploração de matérias-primas e sobre treinos e formações.
O Ruanda é rico em tântalo, um metal muito resistente à corrosão, muito utilizado na composição de telefones e computadores, é também utilizado em várias ligas metálicas empregues depois na fabricação de máquinas pesadas, motores de aviões ou ainda reatores nucleares.
Ao mesmo tempo que a União Europeia avisou o Ruanda sobre o seu apoio aos rebeldes, a primeira-ministra da República Democrática do Congo, Judith Suminwa Tuluka, fez saber em Genebra, que o conflito já causou a morte de 7 mil congoleses.
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