A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta quinta-feira (27) que está a trabalhar com as autoridades da RDC, para intensificar a investigação sobre o novo surto de doenças e mortes na província de Equateur, no norte do país.
Segundo a OMS, foram detectados três aumentos significativos no número de casos e óbitos em diferentes regiões do país nos últimos meses. Equateur tem registrado um aumento de casos e mortes sem explicação desde o início do ano.
O mais recente ocorreu na zona de saúde de Basankusu, onde, na última semana, cerca de 141 pessoas adoeceram, embora não tenham sido registradas mortes.
Para conter o avanço da doença até ao momento desconhecida, a OMS e as autoridades locais estão reforçando a detecção e o monitoramento de novos casos, com a mobilização de mais de 80 agentes comunitários de saúde.
No total, foram
identificados 1.096 casos e 60 mortes nas regiões de Basankusu e Bolomba.
Os sintomas relatados incluem:
- Febre,
- Dor de cabeça,
- Calafrios,
- Suor excessivo,
- Rigidez no pescoço,
- Dores musculares e articulares,
- Sangramento nasal,
- Tosse,
- Vômito e diarreia.
A situação ocorre numa fase delicada para o país, que enfrenta múltiplas
emergências sanitárias e humanitárias, sobrecarregando ainda mais o
sistema de saúde.
Em resposta, constituiu-se uma
equipa de especialistas da OMS e do governo congolês que foi enviada às áreas
afectadas. O grupo está
intensificando a vigilância epidemiológica, entrando em contacto e ntrevistando
moradores para entender o contexto da doença e fornecendo tratamento para
enfermidades comuns na região, como malária, febre
tifoide e meningite.
A OMS também enviou suprimentos médicos
emergenciais, incluindo kits de testagem, e elaborou protocolos detalhados para
aprimorar a investigação.
Novos exames serão realizados para identificar
outras possíveis causas, incluindo meningite e possíveis contaminações em
alimentos, água e no ambiente.
Segundo a OMS, a localização remota das áreas afectadas
representa um desafio adicional. Basankusu e Bolomba ficam a mais de 300 quilômetros da capital
provincial, Mbandaka, e o acesso se dá por estradas precárias ou pelo rio
Congo, dificultando a chegada de assistência médica e logística.
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