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Líderes da União Europeia discutem sobre gastar mais em defesa e dar garantias à Ucrânia

 Eunião Europeia

Os líderes da União Europeia (UE), hoje, 06 de Março reunidos numa cimeira extraordinária em Bruxelas, com a intenção de chegar em acordo político para gastar mais em defesa e dar garantias de segurança à Ucrânia, numa altura de ameaças norte-americanas.

Segundo um rascunho em que agência Lusa teve acesso, no encontro os líderes da UE discutiram sobre acelerar a mobilização dos meios financiamentos necessários para tornar o bloco comunitário “mais forte e capaz no domínio da segurança e da defesa, contribuindo para a segurança global e transatlântica e complementando a NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte]”.

Na carta-convite enviada aos líderes da UE, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, disse esperar “as primeiras decisões a curto prazo”, o que passa por acordar politicamente gastar mais com defesa, individualmente e em conjunto.

Isso mesmo tem vindo a pedir a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que na terça-feira anunciou querer mobilizar 800 mil milhões de euros para investimento na defesa europeia.

Em causa está o plano Rearmar a Europa, assente em cinco vertentes: um novo instrumento ao nível da UE para circunstâncias extraordinárias (como o que foi criado para assistência financeira aos países em empréstimos a condições favoráveis durante a covid-19 para evitar o desemprego), a ativação da cláusula de salvaguarda nacional das regras orçamentais para evitar procedimentos por défice excessivo (para aumento da despesa pública com defesa, num máximo de 1,5% por ano), a reafectação de verbas de outros fundos (como da Coesão), verbas do Banco Europeu de Investimento e ainda capital privado.

No período de 2021 e 2024, a despesa total dos Estados-membros com a defesa aumentou mais de 30%, ascendendo a um montante estimado de 326 mil milhões de euros, o equivalente a cerca de 1,9% do PIB da UE.

Na carta-convite enviada aos chefes de Governo e de Estado da União, o presidente da instituição europeia que os junta, António Costa, fez saber também que existe “uma nova dinâmica, que deverá conduzir a uma paz global, justa e duradoura” na Ucrânia.

Desde o início da guerra em fevereiro de 2022, a UE e os seus Estados-membros disponibilizaram cerca de 135 mil milhões de euros em apoio à Ucrânia, incluindo quase 49 mil milhões de euros para as forças armadas ucranianas, tendo ainda avançado com 16 pacotes de sanções contra a Rússia.

Só este ano, o apoio financeiro comunitário a Kiev ronda entre os 30 mil milhões de euros.

@Lusa

 

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