O Presidente Umaro Sissoco Embaló anunciou, na última sexta-feira, 7 de março, a marcação das eleições gerais antecipadas, presidenciais e legislativas, para o dia 23 de novembro de 2025. O anúncio foi feito durante uma auscultação com partidos políticos, marcada pela ausência dos líderes das coligações eleitorais da oposição, nomeadamente a Aliança Patriótica Inclusiva – Cabaz Garandi e a Plataforma Aliança Inclusiva – PAI Terra Ranka.
O
decreto presidencial nº 06/2025, que oficializa a data das eleições, foi lido
por Fernando Delfim da Silva, conselheiro especial e porta-voz da presidência.
O documento fundamenta a decisão na necessidade de cumprir os requisitos legais
para a marcação das eleições simultâneas, após consulta ao governo, partidos
políticos e à Comissão Nacional de Eleições (CNE), conforme previsto nos
artigos 70º e 68º da Constituição da República, e no artigo 3º da lei nº
10/2013, de 25 de setembro.
Antes
da leitura do decreto, o Presidente Embaló proferiu um discurso, no qual
criticou a postura de alguns políticos, afirmando que "os políticos não
devem apenas convergir para destruir a Guiné-Bissau". Ele assegurou que,
enquanto Presidente, não permitirá tais acções e alertou contra a dependência
de "vícios", sugerindo que aqueles que os possuem busquem outras
formas de financiamento. "Já não tenho dinheiro para dar a ninguém. Se
ontem fi-lo, acabou. Hoje estamos numa nova etapa e o meu compromisso é com a
Guiné-Bissau e com o povo guineense", declarou Embaló perante
representantes de diversos partidos políticos.
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