O departamento das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) lançou nesta segunda-feira, 14 de Abril, um apelo enfático para que os países mais vulneráveis do mundo sejam isentos das controversas "tarifas recíprocas" implementadas pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Em um relatório divulgado nesta segunda-feira, a agência da
ONU destacou a desproporcionalidade do impacto que tais tarifas poderiam ter em
economias fragilizadas. Apesar de cada um dos 28 países identificados
representar menos de 0,1% dos défices comerciais com os EUA, eles ainda correm
o risco de serem submetidos a essas taxas alfandegárias.
A UNCTAD sublinha que a imposição dessas tarifas teria um
efeito devastador nessas nações em desenvolvimento, onde se incluem os países
lusófonos africanos Angola, Guiné-Bissau e Moçambique, além de Timor-Leste, na
Ásia. Para essas economias, mesmo um pequeno aumento nos custos de exportação
poderia significar um revés significativo em seus esforços de desenvolvimento.
Actualmente, as novas tarifas, calculadas com base em taxas
destinadas a equilibrar os défices bilaterais de comércio de mercadorias entre
os Estados Unidos e 57 de seus parceiros comerciais, encontram-se suspensas por
um período de 90 dias. A ONU espera que, durante esse período, haja uma
reconsideração por parte da administração americana, levando em conta a
situação peculiar e a extrema vulnerabilidade desses países.
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